Animação
A história da animação perde-se nas brumas do tempo, desde a era das imagens registradas nas paredes das cavernas antigas até as projeções conhecidas como sombras chinesas, porém inventadas pelos alemães. Hoje, as animações são cada vez mais sofisticadas, graças à tecnologia digital, mas o processo original consiste na elaboração individual de cada fotograma – cada uma das representações gravadas por meio de reações químicas no celulóide do cinematógrafo – de uma película. Isso é realizado por meio de registros fotográficos de figuras desenhadas; através de mínimas mutações repetidas em um protótipo primordial, com cada resultante fotografada; ou ainda por computação gráfica. Assim que os fotogramas são conectados, o filme é assistido à velocidade de dezesseis ou mais reproduções por segundo, o que dá origem a uma sensação de movimento ininterrupto. Realizado da forma mais primitiva, este procedimento se transforma em algo monótono e mecânico, daí a importância da introdução da digitalização, que incrementa a duração da produção. O primeiro show de projeção de sombras foi realizado em 1795, quando se apresentou ao público uma exibição de natureza histórica, de conteúdo fortemente ideológico, com o auxílio de uma lanterna movediça, dando impulso a uma animação posteriormente conhecida como 3D, embora de forma ainda rudimentar. Vários instrumentos foram desenvolvidos para criar impressões de movimento, culminando em 1872 com um experimento do fotógrafo Eadweard Muybridge que, assessorado por um engenheiro, John D. Isaacs, valeu-se de uma seqüência de vinte e quatro câmaras escuras que captavam progressivamente a passagem de um cavalo, o qual ativava os dispositivo que, nestes aparelhos, impedem ou permitem a passagem da luz, regulando a exposição das películas sensíveis à luz, assim que suas patas tocavam em fios bem esticados, posicionados de forma a permitir essa operação. Mas foram os irmãos Lumiére que aprimoraram estes equipamentos