Animals e a Indústria Cultural: Usos e (re) significações

Animals e a Indústria Cultural: Usos e (re) significações
O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de novas formas de expressão, das mais variadas. Uma grande parte delas clama por uma originalidade latente, que muitos não entenderiam: uma arte de vanguarda. Entretanto, a contemporaneidade trouxe também uma intensificação do sistema capitalista, onde tudo inserido nele vira um negócio – um grande negócio. Desta forma, a arte ganha novas significações perante esse mundo. Segundo Theodor Adorno e Max Horkheimer (1947), nesse imbricamento floresce uma indústria original, onde o mundo comercial apropriou-se das artes e deu a ela outros significados. Entra em jogo a Indústria Cultural. Amalgama a essa discussão que se insere o trabalho proposto. Utilizando autores precursores destas ideias e novos estudiosos, o objetivo é tentar refletir em como as críticas acerca dessa Indústria Cultural estão inseridas dentro de seu próprio âmago. Pensar em como ela se solidifica, até que ponto pode ser considerado válido e se poderíamos apontar uma espécie de fuga. Para isso, entra em voga o nono álbum da banda britânica Pink Floyd, Animals, onde as músicas que o compõem trazem críticas a essa Indústria Cultural e ao sistema capitalista. Primeiramente, cabe um estudo de caso acerca da fonte. A banda nasceu na Inglaterra, em 1965, dentro de todas as reverberações mundiais da contracultura. O seu gênero musical foi moldando-se durante os anos, passando de um Rock Psicodélico dos anos iniciais até um Rock Progressivo, marca da banda a partir do terceiro álbum. Em 1977, foi lançado Animals. Antes disso, o Pink Floyd já alcançara o estrelato, em 1973, com Dark Side of the Moon. Entretanto, o álbum de 1977 foi um dos pilares de seu sucesso mundial. Entrando no álbum em si, e nas suas músicas, podemos ver o teor de suas críticas, e inseri-las dentro da discussão proposta. Nele, temos cinco músicas, entretanto daremos ênfase a três: Dogs, Pigs e Sheeps. Nitidamente