Angold, michael. bizâncio: a ponte da antiguidade para a idade média. são paulo: imago, 2002. p. 17 – 57.
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Jael Flávia de Paiva Araújo
O IMPÉRIO BIZANTINO
Bizâncio era uma cidade-estado grega que ganhou importância com a chegada de Constantino (306-337), que pretendia construir uma nova Roma, a qual ganhou o nome de Constantinopla. Essa decisão foi tomada levando em consideração a posição geográfica da polis que fica ao longo do estreito do Bósforo. Ao invés de criar uma nova capital para o império romano, acabou criando um novo império, o Império Bizantino. Os bizantinos não se consideravam romanos e a sua cultura e o seu sistema político tinha as suas diferenciações.
Constâncio (337 - 361), um dos filhos de Constantino, venceu os conflitos com os irmãos gerados pela herança do pai, o que garantiu a Constantinopla o seu titulo de capital. Constâncio construiu o Senado, a primeira igreja de Santa Sofia, que foi a primeira Catedral e concluiu a dos Santos Apóstolos, iniciada por seu pai. Em 360 convocou o primeiro Concílio Geral, que tinha como objetivo elevar a igreja a nível patriarcal, o que foi entendido como heresia, pois consideraram sua proposta como uma forma de fundar o arianismo no império.
Com a morte de Constâncio, o trono foi herdado por Juliano, sobrinho de Constâncio que, era pagão, preferia Antioquia e possuía certo desprezo por Constantinopla. Juliano morreu em 363 em conflito contra os persas. O império foi dividido e a parte oriental ficou sobre os domínios de Flávio Valente (364 - 378), outro pagão que preferiu Antioquia por motivos estratégicos de guerra, porém, Flávio Valente foi morto na invasão dos visigodos.
A invasão foi contida por Teodósio (379 - 395), general católico do ocidente que convocou um novo concílio em 381, ficando explicito que a posição da igreja seria o catolicismo ortodoxo cristão e que esta religião também seria a oficial, instalando assim o modelo religioso patriarcal ao