Angola 2013
ESTUDOS ECONÓMICOS
ESTUDOS
E FINANCEIROS
Angola
Março 2013
DA
À PROCURA DA DIVERSIFICAÇÃO
A região da África Subsariana continuará a crescer, ainda que de forma moderada, durante 2013. Apesar da incerteza em torno do cenário
macroeconómico traçado por várias organizações internacionais, prevê-se uma aceleração da actividade económica nesta região: depois de uma expansão de 4.8% em 2012, as previsões do FMI apontam para que o PIB real cresça a uma taxa anual de 5.8% em 2013 e 5.7% em 2014. Os países de baixo rendimento impulsionarão o crescimento da região e factores do lado da oferta (ligados à exploração de recursos naturais) ditarão o dinamismo da actividade económica.
Angola insere-se no conjunto de países exportadores de petróleo do continente africano, tendo beneficiado da evolução favorável dos preços desta
matéria-prima e do escoamento de maiores quantidades de produção no mercado internacional. Estes dois factores permitiram acumular um saldo orçamental positivo e reforçar o nível de reservas cambiais, sublinhando o sucesso do programa de estabilização macroeconómica em curso desde a crise financeira de 2009. Segundo o FMI, a economia poderá ter crescido mais de 8% em 2012. As estimativas do governo apontam para que o PIB tenha crescido, em termos reais, 7.4%, impulsionado pela actividade nos sectores não petrolíferos. Destaque também para a quebra do ciclo de contracção no sector petrolífero registado nos últimos anos, tendo o sector crescido 4.3% em 2012. A menor ocorrência de problemas técnicos e o início da exploração de novos poços petrolíferos possibilitaram este resultado.
Em 2013, a economia angolana deverá desacelerar. A actividade económica permanecerá suportada pelos projectos de investimento público em
infra-estruturas, mas a produção no sector petrolífero poderá aumentar relativamente menos, devido em parte a atrasos técnicos historicamente recorrentes em Angola e à necessidade de manter as