Anestesia
sem medo da
anestesia
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Na hora de fazer uma cirurgia, a aplicação dos anestésicos sempre provoca receio. Como cada organismo reage de uma forma diferente, não é possível prever reações adversas. A boa notícia é que a medicina evolui para garantir mais conforto e segurança aos pacientes por Cristina almeida | ilustração CeCília andrade
inguém gosta de sentir dor. E considerando a origem grega da palavra anestesia, cujo significado é insensibilidade, é fácil entender por que ela é sempre desejável. Por meio dela, suspende-se de forma geral ou parcial o sofrimento físico. E essa é uma garantia alentadora no momento de enfrentar uma cirurgia. Por outro lado, a possibilidade de reações adversas provoca medo. Os riscos existem, mas segundo os especialistas, as chances de complicações são mínimas. Para controlar a ansiedade antes de uma cirurgia, o segredo é a perfeita interação entre médico e paciente. Quanto maior a disponibilidade em conhecer o histórico do doente e esclarecer suas dúvidas, maiores serão as chances de sucesso. O uso da anestesia é relativamente novo, pois ela conta 160 anos aproximadamente. No passado, os recursos dos cirurgiões eram as intervenções com dor, pancadas na cabeça ou a compressão da carótida. Na Idade Média, um pequeno avanço levou ao uso de poções feitas à base de álcool e extrato de plantas. Anos depois, a China popularizou o ópio, sobrevindo as injeções intravenosas com anestésicos em 1600. Hipnose, água gelada e neve foram outras opções disponíveis. Mas a partir dos séculos XVII e XVIII, o conhecimento sobre o funcionamento de órgãos vitais, das propriedades de gases como o dióxido de carbono e o nitróxido evoluíram e, em 1842, a anestesia geral foi utilizada pela primeira vez nos EUA. Hoje, garantir ao paciente a ausência de sensibilidade a estímulos dolorosos é função de médicos especializados em anestesiologia. Esses profissionais são treinados não só para prover anestésicos para as operações, mas