Anaxímenes e Pitágoras

Anaxímenes:
Ainda na Ásia menor e o terceiro representante da Escola de Mileto, Anaxímenes tinha sua cosmovisão direcionada ao ar, uma teoria de que o mesmo é o princípio de todas as coisas. Afirmava que as aparentes diferenças quantitativas e qualitativas estavam inteiramente ligadas e explicava isso de forma “coesa”: o ar se torna cada vez mais duro a medida que uma grande quantidade se concentra num mesmo lugar. Ou seja, quando o ar se dilata/expande, converte-se em fogo. Porém, quando o ar se contrai converte-se em água, chuva, terra e enfim pedra.
De forma mais concisa e compreensível: o ar é o elemento de tudo. As suas diferenças qualitativas (peso, textura, dureza etc) estão diretamente ligadas às suas diferenças quantitativas, ou seja, quantidade de ar no local, podendo assim surgir fogo, terra, água, chuva etc.
Pitágoras:
Na Ilha de Salmos (também na Ásia Menor), um grande filósofo e matemático de tão inteligente conseguiu fundar uma sociedade filosófica/matemática/religiosa com sua teoria: o arché, essência dos seres, reside nos números, ou seja, havia uma “estrutura matemática da qual derivariam problemas como: finito e infinito, par e ímpar, unidade e multiplicidade, reta e curva, círculo e quadrado etc” (Cotrim, GILBERTO. Fundamentos da Filosofia, pag. 73. SP, 2006).
Analogamente, assim como Claude Shannon está para a teoria da comunicação com seu modelo matemático de comunicação, Pitágoras de Samos estava para a filosofia com seu arché residente nos números. Por ter grande influência na filosofia, a escola pitagórica pode ser encontrada na matemática, música e na astronomia; Nas séries de crenças místicas relativas à imortalidade da alma, à reencarnação dos pecadores e à prescrição de rígidas condutas morais.