Anatomia
A prática regular de exercício físico durante a gravidez é muito discutida por profissionais da área da saúde, como médicos e educadores físicos. Durante muito tempo houve controvérsias quanto a realização ou não de exercício, seus efeitos, duração e intensidade. Contudo, atualmente já é possível encontrar um consenso graças aos avanços da ciência e às modificações culturais.
Grande parte das mulheres grávidas de hoje podem desfrutar de uma rotina diária normal, devendo tomar apenas alguns cuidados, pois a gravidez modifica o corpo da mulher no aspecto anatômico, fisiológicos e músculo-esquelético. As modificações anatômicas incluem: aumento da barriga e da parede abdominal que acentua a curvatura da coluna lombar sujeitando a mulher à lordose lombar; a respiração fica dificultada em conseqüência do maior volume uterino que comprimi o diafragma; o estômago sofre alteração e a digestão é prejudicada; e o aumento dos seios solicita mais músculos dorsais e peitorais. No aspecto fisiológico as mudanças atingem a freqüência cardíaca, que sofre aumento de 20% a 30% em média; o consumo máximo de oxigênio é maior (parte do oxigênio consumido é divido com o bebê), por isso a mulher fica mais cansada; disfunções hormonais provocam alterações de humor e de hábitos, principalmente alimentares. Quanto à demanda energética, com o aumento da massa corporal materna e as modificações na coordenação e no equilíbrio o esforço durante um exercício físico se intensifica, especialmente quando realizado com sustentação do próprio peso corporal. O custo energético é maior em atividades realizadas em pé, como caminhada, do que sentadas, como pedalar em bicicleta ergométrica (Mcardle; Katch; Katch, 2003). O aumento de líquidos na musculatura deixa os tendões e ligamentos afrouxados e os ossos ficam mais frágeis o que aumenta o risco de