Anatomia
(Aula 2)
A lei da escassez de recursos
Na economia tudo está pautado na busca por produzir o máximo de bens e serviços com os recursos limitados disponíveis, pois, como já destacado, não é possível a produção de uma quantidade infinita de cada bem, capaz de satisfazer completamente aos desejos humanos. Uma vez que os nossos desejos materiais são virtualmente ilimitados e insaciáveis, e os recursos produtivos, escassos, não podemos ter tudo o que desejamos e, portanto, é imperativo que o homem faça escolhas.
Logo, um dos objetos de estudo da ciência econômica é a escassez, porque esta consiste no problema econômico por excelência. Consequentemente, a escassez de recursos de produção resulta na escassez dos bens. Afirmar que os bens são econômicos implica que eles são relativamente raros ou limitados. Mas o fato de existir um bem em pouca quantidade não o define como escasso. É preciso, então, que esse bem seja desejado, procurado. A escassez só existe se houver procura (ou demanda) para a obtenção do bem.
Ora, mas por que um determinado bem é procurado (ou demandado)? Um bem é demandado porque tem a capacidade de satisfazer uma necessidade humana, ou seja, tem utilidade. Um bem é procurado porque é útil. Assim, os bens econômicos são aqueles escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis. Os bens econômicos têm como característica a utilidade, a escassez e a possibilidade de transferência. Os bens livres, por outro lado, são aqueles disponíveis em quantidade suficiente para satisfazer todo o mundo; portanto, ilimitados em quantidade ou muito abundantes e nada apropriáveis
Mas o que seriam, então, as necessidades humanas? Esse poderia ser um conceito relativo, vago e filosófico, já que os desejos dos indivíduos não são fixos. Mas para a economia, as necessidades humanas relevantes são aqueles desejos que envolvem a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do