Anarquismo
Concepção de Maérlio Machado de Oliveira
Aluno do curso de Direito da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza www.alumac.com.br/maerlio.htm
Quando, de alguma forma, nos deparamos com a palavra “anarquismo” de imediato uma grande confusão é gerada em nossas mentes. Na maioria das vezes, imaginamos a anarquia como um equivalente do caos e o anarquista é tido, na melhor das hipóteses, como um niilista, um homem que abandonou todos os princípios e, às vezes, até confundido com um terrorista inconseqüente. Muitos anarquistas foram homens com princípios desenvolvidos, quando mais não seja, uma restrita minoria realizou atos de violência que, em termos de destruição, nunca chegou a competir com os líderes militares do passado. Proudhon já desejava a abolição da propriedade privada onde, num de seus textos (O que é a propriedade?), define esta como sendo “um furto”. Mikhail Bacunin, em um de seus livros intitulado “Deus e o Estado”, também afirmava a necessidade de destruir todas as leis, instituições e crenças existentes. Os anarquistas sempre estiveram interessados em definir um grupo de doutrinas e atitudes cuja característica comum é a crença de que o Estado é nocivo e desnecessário. A origem da palavra anarquismo envolve uma dupla raiz grega: “archon”, que significa governante, e o prefixo “na”, que indica sem. Portanto, anarquia significa estar ou viver sem governo. Por conseqüência, anarquismo é a doutrina que anuncia o Estado como sendo a fonte da maior parte de nossos problemas sociais, e que existem formas alternativas viáveis de organização voluntária. E, por definição, o anarquista é o indivíduo que se propõe a criar uma sociedade sem Estado. O conceito de sociedade sem Estado é essencial para a compreensão da atitude anarquista. Rejeitando o Estado, o anarquista autêntico não está rejeitando a idéia da existência da sociedade; ao contrário, sua visão da