anarquismo
Esta corrente de pensamento nega a necessidade do Estado como entidade de organização central e coerciva da sociedade, acreditando nos benefícios da sua substituição por uma organização social livre e espontânea. Segundo os anarquistas, o fim do Estado e de outras autoridades políticas ou religiosas, seria o único caminho para solucionar os problemas políticos que assolam a humanidade e para construir uma sociedade justa de homens livres. Nesse sentido, o anarquismo defende um ideal de organização da sociedade por ela própria, ou seja, sem organismos estatais, assente em associações de produtores e na ausência de propriedade privada.
Quando falamos em “anarquia”, muitos acreditam que a expressão tem a ver com qualquer evento ou lugar carente de organização. Contudo, essa apropriação contemporânea está bem distante das teorias que integram o chamado pensamento anarquista, estabelecido logo depois que as contradições e injustiças do sistema capitalista já se mostravam visíveis no século XVIII.
Um dos precursores do anarquismo foi William Godwin (1756 - 1836) que, já naquela época, propunha um novo tipo de arranjo social em que as pessoas não estivessem subordinadas à força dos governos e leis. Em sua perspectiva, acreditava ser possível que em um contexto dominado por princípios racionais e equilibrado entre as necessidades e vontades, seria possível conduzir a vida em sociedade. Além disso, também defendia o fim da propriedade privada.
Já no século XIX, notamos que outros pensadores passam a