Não é por isso que devemos lutar?! A liberdade a qual o anarquismo busca, propõe a luta, e não é a liberdade irresponsável e fantasiosa onde se tem o direito de se fazer o que se quiser, no momento que desejar e na forma que for conveniente como imaginam os leigos. Também não é a liberdade pregada pela ideologia burguesa que se limita ao direito de ir e vir, de expressão e de escolher seu governante, o que eu costumo chamar de explorador; o anarquismo obviamente não propõe a supremacia da liberdade do indivíduo sobre a da coletividade como falsamente afirmam os socialistas autoritários (estatistas) com o propósito de deturpar o anarquismo. Tanto a ideologia burguesa como os socialistas autoritários insistem em dizer que a liberdade plena é impossível de ser realizada, no entanto se utilizam de argumentos diferentes para tentar justificar seu desejo pelo poder. Os socialistas autoritários se apegam à falsa ideia de que a liberdade proposta pelo anarquismo pressupõe uma supervalorização e uma supremacia da liberdade individual sobre a coletiva, insistindo na ideia de que o interesse da coletividade deve estar em primeira ordem estando o indivíduo subordinado a coletividade, ou seja, ao Estado, onde somente a partir dele provem o seu direito e a sua vida. Já os burgueses propõem uma forma de liberdade limitada, condicional e vigiada, se utilizando sempre de frases do tipo "a liberdade de um homem termina onde a liberdade do outro começa"... Ora, nada mais falso! O que estes ardorosos defensores da autoridade e do poder não sabem ou fingem não saber, e que os anarquistas-comunistas estão aqui para lembrar que a verdadeira liberdade não tem fim nem limites, tampouco uma forma de liberdade tem supremacia ou privilégio em relação à outra. Liberdade em anarquismo se somam e se completam; liberdade em anarquismo não tem final, apenas um começo que vai até onde a liberdade de todos e de cada um sonhar em alcançar e até, talvez, vá um pouco mais além.