Analogias na natureza em sistemas estruturais
Uma das grandes expectativas de um projeto de estrutura atento reside em transmitir as cargas de um ponto qualquer ao solo pelo caminho mais curto, com um desenho esbelto, com a menor quantidade de elementos e que consuma a menor energia possível, sintetizado no binômio forma e economia.
Segundo Christopher G. Williams, "estrutura é o caminho pelo qual se pode obter a máxima resistência com o mínimo consumo de material por meio do arranjo mais apropriado dos elementos e da melhor forma para o uso pretendido, construído com os materiais mais apropriados ao tipo dos esforços internos que acontecerão". Assim, as estruturas arquitetônicas podem e devem ser sinônimos de economia e racionalidade, mas sem que se recaiam em simples reducionismo ou frugalidade nas formas adotadas.
Em busca desse caminho, olhamos para a natureza, que como se não bastasse ser elegante e efetiva em suas soluções estruturais, também é econômica. A observação da natureza pode ser uma fonte fecunda de aprendizagem sobre arquitetura e estrutura. Nela encontramos diversas e incontáveis formas de resolução funcional e utilitária dos problemas com a junção do belo e fisicamente correto, relação sempre almejada em projetos e obras. Assim, o desafio do ser humano é a busca equilibrada entre forma, estrutura e material, da forma mais fácil e econômica possível. Essa forma muitas vezes está ao nosso lado, nas maravilhosas estruturas da natureza, que podem inspirar o homem a fazer as mais diversas e curiosas formas.
Um exemplo da natureza inspirando a engenharia/arquitetura são os complexos de galhos de uma árvore. Com a finalidade de transmitir por meio dos galhos as cargas das folhas, frutos e seiva, a árvore procura os caminhos mais curtos, o que resulta no complexo de galhos e troncos que conhecemos.
Dessa forma, os caminhos que determinadas cargas podem percorrer em uma barra apoiada no centro parecem se inspirar na estrutura de uma árvore. Para que se evite o