Analista
A década de 2000 foi caracterizada por uma entrada compacta da mídia e da tecnologia na vida das famílias, que sem pedir permissão, chegou pulando muros e invadindo a intimidade de casais e filhos, deste modo, antigos hábitos e costumes acabaram por modificar a estrutura familiar das pessoas ao longo destes anos.
As famílias atuais estão cada vez mais distantes, quando não por meio de separações e brigas, por meio de smartphones e aparelhos de televisão. Mesmo presente no mesmo ambiente, a distância entre pais e filhos e até mesmo do próprio casal de adultos é evidente, e a aproximação do tipo tateável ou olhos nos olhos se tornou algo irrelevante para ambos.
O convívio não é mais superestimado como já foi um dia, e em adição a essa problemática, ainda há a falta de consciência da população e sua cômoda conduta para esta nova estrutura errônea na qual estamos integrados.
Ainda convém lembrar o quão frustrante pode ser a desorganização de uma estrutura familiar, e o quanto isso pode alterar a ética e a moral de um indivíduo em formação –neste caso, um filho–. Como diria Nicolau Maquiavel, “Os fins justificam os meios”.
Em virtude do que foi mencionado, somos levados a acreditar que as famílias estão fragilizadas e não sabem como agir para modificar a distância entre seus integrantes, sem notar que atitudes simples como: desligar a televisão e os celulares durante o jantar, passar um fim de semana no parque com os filhos, ou até mesmo sentar-se à mesa para conversar, faria com que as pessoas se aproximassem e a condição de suas vidas mudasse. Para a melhor.