Analise textual de " Os desaparecidos "
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Antes de tudo é preciso entender porque eles desapareciam, e quem os faziam desaparecer. De 1964 a 1985, o comando das forças armadas (exército, marinha e aeronáutica) controlou o poder político no pais. Muitos classificam o regime que marcou esse período como ditadura. Em 1964, a direção das forças armadas assumiu o controle político do governo e passou a decidir, efetivamente, quem ocuparia o cargo de presidente da república. Nesse regime militar que durou até 1985, cinco generais sucederam na presidência: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo. Quem manda agora não são os políticos profissionais nem o Congresso é uma instancia decisória importante. Mandam a alta cúpula militar, os órgãos de informação e repressão, a burocracia técnica do estado. Uma das características dos governos militares foi o autoritarismo. Os membros do governo não se mostravam dispostos a dialogar com os diversos setores da sociedade. Por meios dos chamados Atos Institucionais (AI), os governos militares foram restringindo as instituições democráticas e impuseram censura aos meios de comunicação, como rádio, televisão, jornais, revistas etc. Abandonado o nacionalismo que marcou o último governo de Vargas e o de Goulart, os governos adotaram um modelo de desenvolvimento econômico baseado na aliança entre três grandes grupos: a burocracia técnica estatal (militar e civil), os grandes empresários estrangeiros e os grandes empresários nacionais. Esse modelo caracterizou-se pela modernização da economia brasileira e pela marginalização da classe baixa. Em 1965, foram realizadas eleições para governos estaduais, e as oposições ao regime militar conseguiram significativas vitorias.
O governo federal então decidiu tomar novas medidas repressoras. Então foi decretado mais um Ato Institucional n° 2, que conferia mais poderes ao presidente para caçar direitos políticos e extinguia todos os partidos políticos existentes criando apenas dois partidos para total apoio ao