Analise literária
Ode ao burguês é um poema da obra Pauliceia desvairada de Mário de Andrade, que foi lido durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Considerando que o escritor tem uma poética, onde ocorre uma oscilação entre sua biografia emocional e a construção de uma nova estética.
Neste poema, é visível sua crítica sobre as elites, ao mesmo tempo em que destrói um passado político e social, e vai em busca de um novo modelo em que apresente versos livres, e uma ideologia revolucionária.
Considerando que o termo burguês apresenta um individuo que é inimigo do modernismo, ou seja, Ode ao burguês (ódio ao burguês). Desta maneira o autor se opõe ao conforto, luxo, e exageros que o burguês exerce.
O eu lírico expressa seu desejo de ser do povo , sendo que sua moradia é a rua. Usa este como meio de repulsão e admiração dos pobres, humildes e desprotegidos. Demonstra uma poesia satírica perante a sociedade que vive para o futuro e esquece-se do presente, aos imigrantes fúteis, posicionando-se numa ideologia socialista e de bem comum.
Apresenta a oposição que ocorre entre as populações sendo que enquanto uma parcela (geralmente mínima) tem grande poder e conforto e uma população que muitas vezes passa fome e necessidade.
Seguidos por uma tradição onde o status que você demonstra para a sociedade vale mais do que a vida que você tem, o autor crítica isto e revela dentro de sua poética o quão fútil um individuo pode ser para demonstrar superioridade perante os demais, daí a citação “o homem nasce puro, a sociedade o corompe”.
Fernando Pessoa – Tabacaria
O autor descreve no poema, o seu momento emocional além de estar passando por uma crise existencialista (fuga de si). Foi escrito por Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Pessoa. Sendo assim é perceptível a fuga dele e a busca de algo que fuja da realidade, daí a criação de heterônimos.
Expressando a condição humana em que acontece na época em que foi escrito, desde os primeiros