Analise horizontal e vertical
Um grupo de cientistas identificou uma nova organela celular, localizada dentro do núcleo. As células pesquisadas eram provenientes de diversos tecidos de roedores e todas elas apresentaram uma estrutura, que foi batizada de retículo nucleoplasmático.
O nome é familiar, pois o retículo nucleoplasmático (RN) é semelhante ao retículo endoplasmático (RE), encontrado no citoplasma celular. Aliás, a rede de túbulos ramificados que constitui os retículos citoplasmático e nuclear é contínua e possui regiões ligadas ao envoltório nuclear, a carioteca.
A equipe responsável pela descoberta é formada por cientistas dos Estados Unidos e da Universidade Federal de Minas Gerais, no Brasil. O trabalho durou cerca de um ano e meio e foi publicado pela primeira vez em uma revista científica no dia 22 de abril de 2003. A repercussão entre os cientistas foi grande: esse foi o primeiro trabalho a identificar uma organela no núcleo celular, que antes se pensava ser composto de DNA, nucléolo e um líquido chamado nucleoplasma ou cariolinfa, sem a presença de organelas. O RN já havia sido visualizado antes por outros cientistas, mas não se fazia idéia de qual seria a sua função. Isso porque os métodos utilizados na época para visualizar organelas celulares matavam as células e não geravam imagens nítidas dessa organela. Por isso, muitos cientistas pensaram que o RN era na verdade resíduo de substâncias usadas para preparar as células para visualização.
Em recente pesquisa, os cientistas decidiram utilizar um microscópio de alta resolução, encontrado apenas em alguns laboratórios do mundo (nenhum no Brasil). O aparelho sofreu adaptações para captar imagens do núcleo com alta precisão, a partir de células vivas. Foi possível então observar a estrutura do RN e a saída de cálcio dessa organela.
Assim, os cientistas puderam não apenas descrever a organela, mas também elucidar a sua função dentro do núcleo.
Funções do retículo nucleoplasmático Tanto o