A abrangência das mudanças nos modelos de negócios frequentemente resulta no surgimento de novas empresas-paradigma que nascem sem dependência da trajetória passada e são, portanto, mais livres para inovar. Para Schumpeter (1943) não é o fabricante de carroças que desenvolve ferrovias, mas sim empresas que surgem a seu lado, que aprendem com sua experiência e incorporam tecnologias radicalmente novas. Ele sugere que as empresas estabelecidas tendem a desenvolver estratégias incrementais de inovação, tendo em vista a inércia de suas capacitações e o interesse em manter os investimentos realizados. A década de 80 inicia um novo paradigma tecnológico baseado na microeletrônica e no avanço do progresso técnico na aplicação destas novas formas tecnológicas, paralelo a esse cenário o Estado americano vivia um momento de desregulamentações financeiras e oligopólio bancário. Um exemplo deste modelo são as empresas Microsoft e Apple que se tornaram grandes pelo modelo de inovação de impacto, que muda por completo o paradigma pré-existente na indústria. Para os neo-schumpeterianos o processo de concentração ou desenvolvimento econômico esta diretamente ligado ao nível de competição e grau de rivalidade entre concorrentes, tal como ocorreu no surgimento das empresas acima. Eles argumentam que a evolução da tecnologia em uma indústria pode ser uma causa mais profunda de mudanças na estrutura da indústria do que a densidade da competição, pois inovações tem o poder de redefinir a atratividade para a entrada no setor. Nelson (1994) apoia essa percepção ao afirmar que uma nova tecnologia se desenvolve ao longo de uma trajetória relativamente padronizada desde o nascimento até a maturidade e que a estrutura da indústria co-evolui com a tecnologia. Nesse aspecto entram as ideias de incubação de empresas (micro e médias) que atuam como mais um instrumento à contribuição do desenvolvimento econômico e tecnológico da região colocando-se a disposição da comunidade