analise fenomenologica de Otimismo Trágico – Viktor E. Frankl
Viktor Emil Frankl (1905-1997) foi um médico judeu austríaco que passou a estudar Psicanálise e se corresponder intensivamente com Sigmund Freud. Em 1925 começou a se dedicar e explorar a fronteira entre a psicoterapia e a filosofia, tendo como foco fundamental a questão do sentido da vida e os valores humanos - um tópico que se tornará central em sua vida profissional.
Passou por grandes dificuldades durante a 2ª Guerra Mundial, desde sua infância. Foi encaminhado para o campo de concentração de Auschwitz, onde se destacou por, ao contrário dos outros sobreviventes, não sair do campo com amargura ou rancor. Frankl entrou no campo de concentração determinado a conservar a integridade da sua alma, a não deixar que seu espírito fosse derrubado pelos torturadores do seu corpo.
Durante sua estada em Auschwitz, Frankl observou que de todos os prisioneiros, os que melhor conservavam o autodomínio e a sanidade eram aqueles que tinham forte senso de dever, de missão e obrigação. Essa obrigação podia ser religiosa, política, social ou cultural, as quais o prisioneiro crente, com a ideia do julgamento divino passava por cima das atrocidades do campo, e os que tinham uma causa política, social ou cultural viam os acontecimentos apenas como uma etapa de sua vitória pessoal. Ou ainda, para um ser humano individual, objeto de amor e cuidados. Os que tinham parentes fora do campo podiam ser mantidos vivos pela esperança do reencontro.
Com isso, Frankl concluiu que o sentido da vida era o segredo da força de alguns homens, enquanto outros não conseguiam achar sentido na vida, entregando-se às atrocidades até a morte. Destas reflexões sobre as experiências do absurdo, Frankl criou a Logoterapia, também conhecida como terapia do discurso, que consiste em um conjunto de esquemas lógicos usados para desmontar as estruturas com que a mente doentia procura fugir da busca do