Analise do trabalho e formacao profi
O questionamento da actual educação para o trabalho está a crescer, passando a exigir profundas mudanças no modelo de formação profissional. Um dos sinais dessa transformação é a multiplicidade de termos com que hoje se designa essa actividade. Fala-se de formação profissional, educação profissional, aprendizagem, capacitação, qualificação para o trabalho, requalificação, superação do adestramento, habilidades básicas, habilidades específicas, treinamento, ensino técnico, aquisição de competências, educação básica e formação contínua, sem precisar muito bem as diferenças e pontos em comum entre esses termos. A despeito dessas diferentes interpretações sobre a preparação da mão-de-obra, há consenso quanto à mudança do seu perfil. Hoje, os requisitos necessários à execução de uma tarefa estão em constante transformação.
As transformações na qualificação para o trabalho não significam necessariamente o surgimento de um trabalhador mais capacitado. Em muitas situações o trabalho requer menos qualificação e em outras modifica-se o conteúdo desta. Ao mesmo tempo em que aumentam os espaços nos quais as mudanças do trabalho se fazem presentes, permanece grande quantidade de postos de trabalho cujos requerimentos para sua execução são exatamente os mesmos. As grandes transformações na preparação para o trabalho só podem ser entendidas no contexto das grandes transformações do próprio trabalho, em seu processo, sua organização, suas formas de gestão, nas relações entre empresas e entre países e blocos.
Mais que isso, o trabalho humano, além de estar a mudar suas formas e conteúdos, sofre um processo contínuo e acelerado, embora não linear, de encolhimento. Em outras palavras, pode-se dizer que hoje, com menos horas de trabalho e menos trabalhadores, se produz, no mínimo, a mesma quantidade de bens e serviços. É fácil deduzir que esse facto diminui o poder de barganha da classe trabalhadora. Esta ordem de idéias surge o presente trabalho que vai analisar de