Analise do filme “o milagre de any sullivan”
O filme “O MILAGRE DE ANY SULLIVAN” aborda a historia de Hellen Keller, uma garota que, ainda bebê, adquiriu uma deficiência conhecida como surdo cegueira. Este filme é baseado em uma historia real de 1962 e nele podemos perceber os aspectos sociais, educacionais e familiares, da época, em relação à concepção de deficiência.
Como se o deficiente fosse digno de pena, a família trata a menina com piedade, visto que tudo é permitido que a “coitadinha” faça, os demais apenas devem aceitar e apiedar-se de tal condição, o que a família deixa transparecer é que não se devem impor regras, limites ou algo que contrarie e faça sofrer um ser já tão castigado pela vida.
Mas, o que se passa na família é um reflexo da sociedade preconceituosa da época, para qual deficiência era sinônimo de invalidez que via o deficiente como um ser incapaz de aprender ou ensinar algo, até mesmo regras básicas de boas maneiras ou convivência, enfim o deficiente era um peso que a família era obrigada a carregar.
Essa percepção da sociedade fica clara, ao observar- se a existência de uma Casa de saúde (manicômio) para onde eram enviados os deficientes como uma cômoda solução para a família que não sabia como lidar com a situação. E os pais de Hellen não eram diferentes no auge do desespero a ponto de enviá-la pra casa de saúde resolvem contratar uma professora para ajudá-los na educação e desenvolvimento da filha. Com a chegada da professora Any Sullivan surge, mais uma vez o preconceito por parte do pai da menina, que a critica: “como uma cega pode querer ensinar outra”, ao saber que a professora havia sido deficiente visual na infância e só enxergou após nove cirurgias, por isso possuía baixa visão.
Do ponto de vista educacional, naquela época, não existiam muitas ofertas apenas o instituto que enviou Any, a qual nunca tinha trabalhado com uma criança como Hellen. A didática da professora é valida visto que a comunicação entre as duas era