analise do filme billy elliot
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE DO FILME “BILLY ELLIOT”
Rio de Janeiro, 2013
1. INTRODUÇÃO
A família, segundo Falcão (2006, p. 22) pode ser compreendida “como um conjunto de entidades ou elementos unidos por uma forma de interação ou interdependência que compõe um todo integral”. Para o presente trabalho, iremos analisar a família presente no filme “Billy Elliot” a luz da abordagem da Psicologia Sistêmica, baseando-se nos conteúdos trabalhados em sala e de outros artigos acadêmicos.
Resumo da História
O filme conta a história de um garoto de família humilde, que faz lutas de boxe, mas acaba se deparando, coincidentemente, com a dança. Ele se relaciona com ela de modo a enfrentar seu pai, com o apoio de sua professora. O filme quebra um tabu sobre a orientação sexual de bailarinos. Billy consegue fazer com que o pai o apoie e o ajude a alcançar o seu desejo (ser bailarino), passados alguns anos, Billy faz um espetaculo e o pai e o irmão vão vê-lo.
A trama se passa no Reino Unido, durante o governo da primeira ministra Margaret Thatcher, tendo como pano de fundo uma da mais sérias crises sociais, a greve dos mineiros. O pai do garoto, que é órfão de mãe, integra a categoria, sendo um dos que mais incitaram o movimento dos trabalhadores, juntamente com seu outro filho, irmão de Billy. O conflito faz com que a família, já limitada economicamente, tenha ainda mais dificuldade em se manter.
Não bastasse isso, o sensível Billy cresce num ambiente extremamente masculinizado e machista, como indicam algumas falas e situações. A única figura feminina presente, que rompe um pouco com esse universo, é sua avó doente, que por vezes, esquece até que ele é seu neto, ainda que o garoto seja o encarregado de cuidá-la.
Apesar dos problemas financeiros, o pai de Billy faz questão de arrumar os 50 pences todo mês, destinados às aulas de boxe do jovem. Durante uma