Analise do Edificio da Rua Franklin
TEXTO 1 – “HISTÓRIA DA ARQUITETURA MODERNA”, LEONARDO BENEVOLO.
De acordo com Benevolo, surgem na França, contemporaneamente à art nouveau, duas experiências de vanguarda de naturezas diferentes que se baseiam exatamente na linha mestra da tradição francesa, que não propõem uma reelaboração original.
August Perret é filho de um construtor, frequenta a École des Beau-Arts no ultimo decênio do século XIX. Sua primeira obra importante é o prédio nº 25 bis, rua Franklin em Paris, terminado em 1903, onde pela primeira vez a ossatura em concreto armado é adotada de modo a envolver a aparência exterior.
Ele utiliza um pequeno terreno preso por outras construções, largo e pouco profundo. Ele e seu irmão Gustave, com o qual August funda o estúdio A&G Perret Architectes, pensam em fazer aberturas frontais sem prolongamentos para as janelas e a área de serviço, para reduzir ao mínimo o recuo, cedendo o menor espaço possível e dispondo todos os cinco cômodos das habitações de cada andar voltados para a rua, abrindo em semicírculo ao redor de uma abertura central.
Seria complica realizar esse organismo através da alvenaria comum. As estruturas em esqueleto já haviam sido utilizadas para resolver tais dificuldades, porem o ferro e o concreto ficavam escondidos por uma fachada de alvenaria. A. Perret considera isso como uma “hipocrisia arquitetônica” e acredita que o organismo deve ser tratado de forma uniforme.
Em seu edifício da rua Franklin, a superfície possui numerosas janelas, apresentando claramente o esqueleto de concreto. Para isso, as estruturas de sustentação são ajustadas de modo a torná-las menos agressivas para a época, parecendo-se com fachadas dividas em painéis, que são comuns no momento. Consegue-se que falseie ao expressão estrutural, como nas partes em relevo, onde a função de mísula dos elementos horizontais é dissimulada pelo tratamento de faixa contínua, assim, o corpo salienta parece privado de sustentação.