Analise do conto Um Suplicio Moderno
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Um suplício moderno conta o caso de Biriba. O governo da época tinha um cargo chamado estafetamento e tratava-se de uma espécie de pombo-correio que devia fazer a correspondência entre duas cidades que não eram ligadas pela via férrea. Biriba tinha se dado mal em todos os seus negócios, era lerdo e acabou por perder a fazenda e fechar o botequim. Sua vida se resumia a arrumar o seu topete e se interessar por política. O partido que defendia dava a ele sempre os piores ofícios como barganha pelo baixo número de votos que recebia. Quando o seu partido ganhou as eleições, Biriba experimentou o sabor da vitória e já sonhava com altos cargos quando a ele sobrou o de estafeto. Nada pior: quem ficava com esse cargo vivia na estrada, nunca chegava porque sempre havia a volta e a jornada seguinte e ainda tinha que enfrentar sol e chuva com folga de um único dia nos meses ímpares. Biriba, que só respondia “sim senhor”, seguiu no cargo, mesmo emagrecendo e empalidecendo. Reclamou e nem demissão conseguiu. Por fim nasceu nele a idéia de trair o partido. Nas eleições seguintes, ficou encarregado de levar um “papel”, algo essencial. Na ida se meteu no mato e ficou na casa de um negro por dez dias; quando voltou seu partido tinha perdido e ele, quando questionado do que ocorrera, dizia não entender, pois havia entregado o papel no dia seguinte à sua partida. No novo governo vieram lhe comunicar que todos foram demitidos, mas o cargo dele seria sempre dele. À noite, Biriba amarrou a égua e