ANALISE DE CUSTOS
Durante a era mercantilista, as operações desenvolvidas pelas empresas eram, basicamente, comerciais (compra e venda de mercadorias), já que os bens eram quase todos produzidos por pessoas ou grupos de pessoas que poucas vezes constituíam entidades jurídicas. Com isso, tanto a apuração do resultado (lucro ou prejuízo) como a elaboração do balanço ao final do exercício era bastante simples, bastando, para tal, que o Contador procedesse o levantamento dos estoques (físicos e financeiros) e confrontasse o valor encontrado com as receitas obtidas nas vendas das mercadorias, para então encontrar o lucro bruto do qual bastava deduzir as despesas (comerciais, administrativas e financeiras) incorridas no período para a apuração do lucro líquido do exercício.
Vendas de Mercadoria
$ 10.0000
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas - CMV
($ 6.000) estoque iniciais
$4.000
(+) compras
$3.000
( - ) estoques finais
$1.000
(=) Lucro Bruto
$4.000
( - ) Despesas
($2.500)
(=) Lucro Líquido do Exercício
$1.500
Portanto, para atender as necessidades das empresas comerciais naquele momento a Contabilidade Financeira era suficiente.
Com a Revolução Industrial (século XVIII) e o crescimento da atividade industrial, a função do contador tornou-se mais complexa pois, para o levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos estoques; o valor da conta “Compras” da empresa comercial estava agora substituída por uma série de valores correspondentes aos fatores de produção utilizados na industria, tornado necessário o emprego de uma nova metodologia de cálculos para contabilização dos estoques e apuração do resultado.
Diante dessa nova necessidade, somente a Contabilidade Financeira já não se era mais suficiente para atender as necessidades demandadas, fazendo-se necessária uma Contabilidade (a de Custos) que coletasse, acumulasse e mensurasse os valores dos fatores de produção