Analise da tragédia prometeu acorrentado
Este texto tem como objetivo analisar a Tragédia “Prometeu Acorrentado” de Sófocles. A análise é feita a partir da definição Aristotélica de tragédia.
"É pois a tragédia imitação de uma ação de caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem ornamentada e com as várias espécies de ornamentos distribuídas pelas diversas partes [do drama], [imitação que se efetua] não por narrativa, mas mediante atores, e que, suscitando terror e piedade, tem por efeito a purificação dessas emoções." (Aristóteles, Poética, 1996, p.447)
Como esta imitação é executada por atores, em primeiro lugar o espetáculo cênico há de ser necessariamente uma das partes da tragédia, e depois a melopéia e a elocução, pois estes são os meios pelos quais os atores efetuam a imitação. Por "elocução" entendo a mesma composição métrica, e por "melopéia", aquilo cujo efeito a todos é manifesto. (Aristóteles, Poética, 1996, p.448)
De acordo com Aristóteles, para a constituição da qualidade da tragédia, as seis seguintes partes são essenciais: mito, caráter, elocução, pensamento, espetáculo e melopeia. Caráter é a qualidade moral do personagem e, pensamento são as ideias que representam a capacidade de exprimir o que é conveniente. O mito tem uma composição linear (começo, meio e fim). Podemos classifica-lo de duas formas: mito simples e mito complexo. O mito simples não tem peripécia nem reconhecimento ao contrário do complexo em que a mutação da fortuna se faz pela peripécia e /ou pelo reconhecimento. Peripécia é a mudança de rumo da ação que está se sucedendo. Reconhecimento é a passagem que o personagem sofre do ignorar para o conhecer. Em sua Obra “Poética”, o filosofo ressalta que a finalidade da tragédia é atingir a catarse. Entende-se catarse como efeito de purificação das emoções de terror e piedade. Sendo assim, a tragédia uma imitação que aflora tais sentimentos. Aristóteles diz que a união da peripécia com o reconhecimento