Analise: CANCÃO DO AFRICANO de Castro Alves
1ª estrofe: Lá na úmida senzala, Sentado na estreita sala
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em prantos
Saudades de seu torrão...
Nessa primeira estrofe, o eu lírico relata a respeito de uma negra africana, que, estando sentada na senzala, cantava uma música que lembra sua terra. Ao cantar ela chora.
2ª estrofe: De um lado, uma negra escrava Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez para não o escutar! Na senzala, os negros sentavam-se no chão, e a negra, a quem o autor se refere, está ao lado com o filho dela no colo. Eles ouvem a música cantada e o filho esconde, justamente para não escutar, pois a música o lembra a terra onde eles moravam e eram livres. 3ª estrofe: “minha terra é lá bem longe,
Das bandas onde o sol vem;
Está terra é mais bonita,
Mas a outra é que eu quero bem!
Nessa estrofe e nas próximas, o autor repete a música citada na 1ª e na 2ª estrofe. A letra dessa canção nos deixa perceber a saudade da terra natal. Nesse primeiro verso da música, dizem que a terra de onde vêm (África) é longe, e a compara com o local onde o sol nasce. As terras brasileiras são belas, no entanto, os negros desejam o lugar onde eram livres, no caso a África. 4ª e 5ª estrofe: “ o sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver a tarde o papa-ceia!
“Aquelas terras tão grandes,
Tão cumpridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar... Esses versos da música ressaltam as belezas naturais da África, que apesar de ser uma terra que possui certos lugares com clima muito quente, também tem belezas naturais, como exemplo a referência ao papa-ceia, ave típica e muito bonita de lá; sua beleza é comparada a de um sabiá aqui do Brasil. Citam também que lá as terras são grandes e as comparam com o mar, uma oposição ao local onde