Analisando Tabuleiros Digitais

ANALISANDO
PROJETO TABULEIROS DIGITAIS
Por Andson Andrade, Osmar Souza e Thiago Viana

Foi inaugurado em janeiro de 2004, o projeto “Tabuleiros Digitais”. A ideia foi concebida por estudantes da Faculdade de Educação da UFBA (Universidade Federal da Bahia), em Salvador, onde computadores com acesso à internet são disponibilizados à comunidade acadêmica e a moradores e pessoas que trabalham nas imediações da faculdade.
A estrutura do Tabuleiro Digital, que lembra a “banca de venda” da baiana do acarajé, com o simples conforto de bancos sem encosto ou almofadas, foi instalada em espaços abertos, para contrapor à ideia de ambientes fechados, como por exemplo, a sala de aula de um curso tradicional, e à forma de acessar a internet. Segundo o site oficial do projeto, qualquer cidadão pode utilizar a ferramenta para pesquisas, e entretenimento, como redes sociais. Um ponto importante na concepção do projeto é o uso de software livre, ou seja, não é necessário o pagamento de licenças às empresas que fabricam programas de computador, como editor de texto. O sistema operacional utilizado é o Debian GNU/Linux Kurumin, que já vem com vários programas utilizados cotidianamente pelas pessoas que usam computador.
Os tabuleiros digitais estão organizados na concepção de rede, para permitir ao usuário o acesso ao mundo digital de forma plena e intensa. Este conceito tem como base a dinâmica do uso livre das tecnologias, sem controle do tempo e das páginas nas quais o cidadão pode ficar conectado. Com essa descrição, o projeto defende o princípio da autogestão, através do qual o cidadão vai conhecendo e descobrindo uma novidade na rede.
São 80 máquinas distribuídas na Faculdade de Educação da UFBA, no Bairro de Pirajá (Salvador) e na cidade de Irecê no interior da Bahia. No interior, segundo os últimos dados publicados há uma média de 450 pessoas que utilizam o espaço para acessar a internet. Já em Salvador, não há números oficiais, porque como o acesso é livre, não