An Lise Kiriku

O filme narra a história de uma criança, que ajuda sua sociedade a se livrar de uma feiticeira. Nesse percurso ela descobre vários mitos e mistérios que assombram sua aldeia.
O protagonista é chamado Kiriku é uma criança que nasceu prematuramente, tão cedo que ninguém acreditou. Ele era extremamente inteligente, falava precocemente antes mesmo de seu nascimento.
A antagonista Karabá, a malvada feiticeira, omitiu uma série de inverdades para seu poder não ser colocado em “xeque” fazendo acreditar que ela matava os homens que vinham lutar com ela, e que ela secava o poço de água que os abastecia. O medo da aldeia em relação a essas questões fez somente o seu poder imperar e o medo das pessoas sobre ela dominar.
Em suma ela sofria com a dor do espinho enfiado em suas costas. Segundo Amadou Hampaté Bâ, é muito importante o papel que a tradição oral exerce na narrativa da sociedade africana, porque essa sociedade oral não reconhece a fala apenas como um meio de comunicação diário, mais do que isso, a coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra, nessa sociedade a palavra tem força e também tem a função como meio de preservação da ancestralidade.
Na tradição oral africana o conhecimento é transmitido de geração em geração, do mestre para o discípulo. Essa herança ainda não se perdeu e até os dias de hoje se perpetua entre esses povos, que foram durante muito tempo, tidos como povos sem cultura por não dominarem a escrita em contraste de outras nações mais modernas. Somente depois das duas últimas guerras essa realidade veio a modifica-se e é considerada como patrimônio cultural de toda humanidade pela UNESCO. Segundo A. Hampaté Bâ, tanto escrita quanto a oralidade são testemunhos humanos, portanto, vale o que vale o homem. Ao recorrer a escrita também se faz necessário recordar fatos ocorridos no passado e ainda documentos são passiveis de serem falsificados ao serem copiados, havendo controvérsias até sobre as “Sagradas Escrituras”.
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