AN LISE DO EPIS DIO DE IN S DE CASTRO
LUSÍADAS, LUÍS VAZ DE CAMÕES
ESTÂNCIA 118
Circunstâncias e condições em que ocorreu este caso triste e digno de memória – a morte de Inês de Castro.
RECURSOS EXPRESSIVOS:
- Duplas adjectivações: “triste e dino” e “misera e mesquinha” – realçam o carácter injusto do acontecimento, bem como a inculpabilidade de Inês.
- Antítese : “A se lograr da paz…/…dura guerra” – sublinha que primeiro está o dever e depois o prazer.
- Hipérbole: “Que do sepulcro os homens desenterra,”
- enfatiza a ideia de que o caso foi realmente cruel.
ESTÂNCIA 119
Identificação poetizada da causa dessa morte – culpabilização do Amor, como entidade responsável pela morte de Inês.
RECURSOS EXPRESSIVOS:
- Diácope: “Tu, só tu”
-Apóstrofe/Invocação: “puro Amor,” e “fero Amor,”
- Personificação: “com força crua” (= cruel)
- Comparação: “Como se fora pérfida inimiga.”
- Dupla adjectivação: “áspero e tirano,”
- realçam a responsabilidade do Amor pela morte da inocente Inês.
ESTÂNCIA 120
Felicidade despreocupada de Inês, em Coimbra, dominada pelo amor correspondido e pelas saudades do seu Príncipe.
RECURSOS EXPRESSIVOS:
-Apóstrofe/invocação : “linda Inês” – realça a protagonista do episódio.
- Dupla adjectivação e antítese: “ledo e cego” – o amor, se por um lado dá alegrias, por outro pode ser inconsequente e inconsciente do mal que poderá trazer.
- Personificação: “Aos montes insinando e às ervinhas” – mostra que a natureza era a sua confidente.
ESTÂNCIA 121
Também o Príncipe D. Pedro sentia saudades de
Inês e tinha sempre na memória todos os bons momentos passados juntos.
RECURSOS EXPRESSIVOS:
-Antítese: “doces sonhos que mentiam” = sonhos impossíveis. - Metáfora: “pensamentos que voavam” – sugere a facilidade com que a imaginação se transportava para o ser amado.
ESTÂNCIA 122
D. Pedro não queria casar com nenhuma das pretendentes que lhe apareciam, pelo que D.
Afonso IV começou a estranhar e o povo a murmurar. RECURSOS EXPRESSIVOS:
- Apóstrofe: “puro Amor”