An Lise De Investimento
Os sinais são de dois tipos: profissional, por parte de investidores, economistas, empresários, etc.; e populacional, visto que quem sente os efeitos mais severos do mau momento econômico é o povo. O consumo das famílias vive um momento de desaceleração, tanto pelo fim dos programas de incentivo ao consumo quanto pela menor oferta de crédito. Provém daí parte da insatisfação que gera os protestos iniciados no ano passado e endossados pelo início da Copa do Mundo. Isso acontece porque temos uma população até então acostumada a deter o poder de consumo que fazia girar a economia do país. O governo criou essa prerrogativa e reside aí uma parte dos equívocos dessa “nova matriz econômica”.
Isso, aliado à retração da indústria, à inflação e à baixa taxa de investimentos, criou um cenário de crescimento pequeno. Em 2013, por exemplo, o Brasil cresceu 2,5%. Média menor do que a apresentada pelo mundo (3%), pelos países emergentes (4,7%) e pela própria América Latina (2,7%). Não obstante, as projeções do último Boletim Focus, divulgado no dia 6 de junho, apontam que o Brasil vai crescer 1,4% em 2014, fechando o governo Dilma com um crescimento médio de 1,9%. Esse resultado é menor dos últimos 20 anos, uma vez que a média de crescimento dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) foi de 2,3% e dos dois mandatos de Lula (2002-2010) 4%.
Para os próximos anos, as projeções da Focus são: 1,8% (2015), 2,5% (2016), 3% (2017) e 2,8% (2018). Assim, é