An lise cr tica do Filme Daens 2
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Andrea Mondino Cantori
Aurora Duarte Morossino
Kamila Santos
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME “DAENS: UM GRITO DE JUSTIÇA”
Porto Alegre/RS
2015
O filme “Daens: Um grito de justiça” retrata a experiência do Padre Adolf Daens na cidade de Aalst, na Bélgica, no século XIX, época em que se instaurava a Primeira Revolução Industrial, o início do capitalismo e, consequentemente, o começo da vida urbana. Esta última, entretanto, ocorreu de maneira desordenada e precária e evidencia no filme uma sociedade de famílias paupérrimas com muitos filhos, que moravam em cubículos onde as pessoas mal podiam se locomover e que viviam em condições de miséria, expostas às temperaturas extremas do inverno, sujas, disputando batatas cozidas como refeição e procriando gerações amaldiçoadas pelo destino que tendia a se repetir da forma como se apresentava até então.
A Igreja Católica, religião que ainda conseguia dar alguma esperança aos pobres, consistia na instituição com papel importante da sociedade visto que regia a vida das pessoas, mantendo relações estreitas e conluios com a burguesia capitalista e se prevalecendo da influência que tinha sobre as famílias pobres conforme os interesses próprios. Além das péssimas condições de vida da população e da corrupção da Igreja, que era a única instituição que esses indivíduos confiavam, havia o famigerado cenário das fábricas de indústria têxtil, cujos operários eram submetidos a jornadas de trabalho desumanas a um salário incompatível.
No início do filme, ocorre uma cena que evidencia a ganância dos dirigentes atrelada ao capitalismo, em que os operários são vistos apenas como peças de uma engrenagem. No caso, há uma reunião entre os diretores das indústrias locais e o presidente do Partido Católico, ou seja, a elite burguesa e seu representante no parlamento. Nessa reunião são tomadas decisões a fim de reduzir os