An Lise Cone Da Trindade De Andrei Rublev

Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Análises Iconográfica e Iconológica do quadro da Santíssima Trindade de
Andrei Rublev
Trabalho realizado para a cadeira de História e Teoria da Arte
Ministrada por: Ivair
Realização: Antônio Moura

O Ícone da Trindade de Andrei Rublev
Uma breve análise

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1 – O que é um ícone

A palavra ícone tem sua origem no grego έικώυ, que significa imagem, semelhança.
Quando falamos em ícones referimo-nos, em linhas gerais, a quadros pintados em madeira por meio de uma técnica designada de têmpera, na qual misturam-se pigmentos com um aglutinante, que pode ser uma emulsão de água com gema de ovo, o ovo inteiro ou somente a clara. O ícone carrega um riquíssimo peso de significação teológica e pedagogia religiosa.
Expressão típica da arte sacra da igreja Ortodoxa, os ícones, desde a Idade Média, passam por um processo de reprodução que segue rígidas normas que, além de envolver uma gramática normativa imagética, exige do iconógrafo uma atitude de reverência e uma vida de preces e a prática de jejum. O iconógrafo, que geralmente precisa levar uma vida aos moldes daquela do santo retratado, deve também ser profundo conhecedor dos escritos bíblicos e dos dogmas da igreja. O retrato final não guarda nenhuma relação com o que hoje chama-se retrato. O iconógrafo deve ser fiel aos escritos sagrados ao realizar sua produção. De linguagem simples, o ícone tem como objetivo glorificar o mistério representado, celebrando a salvação dos fieis os quais ele instrui. Uma vez produzido, o ícone é então abençoado e santificado pelo clérigo.

2 – A recepção do ícone

Os ícones possuíam uma enorme importância na vida religiosa e não eram percebidos e recebidos simplesmente como obras de arte. Nos primórdios da produção dos ícones, tentava-se retratar imageticamente as sagradas escrituras. Os ícones como expressão de fé alcançavam o coração e a alma de todos, desde o imperador até os plebeus, tal qual a real presença de Deus,
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