Análise sobre a música Capitão de Industria- Paralamas do Sucesso

Na primeira estrofe da música, o trecho “Eu não tenho tempo de ter/ O tempo livre de ser/ De nada ter que fazer”, está ligado ao fato da “briga” entre trabalho e lazer. Ele trabalha tanto que não lhe sobra tempo para ser livre, ter um estilo de vida em que o trabalho não seja ma obrigação para troca financeira, sua sobrevivência.
No trecho que se segue “É quando eu me encontro perdido/ Nas coisas que eu criei/ E eu não sei”, dá-se a entender que ele fica perdido ao que ele fez em seu trabalho, pois ele não vê o que ajudou a produzir de fato pronto, pois ele só produz uma parte do produto, na maioria das vezes só “apertando o botão”. Também pode ser entendido da maneira como ele contribuiu para a industrialização e não faz ideia de como isso ocorreu.
Na segunda estrofe, a primeira frase é “Eu não vejo além da fumaça”, que significa o mundo industrializado e sua poluição ambiental das fumaças com substâncias tóxicas liberadas nas industrias e na queima de combustível dos automóveis nas estradas. No trecho seguinte “O amor e as coisas livres, coloridas/ Nada poluídas” remete ao desejo de um lugar onde não haja poluição, exploração do trabalho; um lugar calmo para se viver, sem violência, onde todos se sintam seguros. Nos versos “Eu acordo pra trabalhar/ Eu durmo pra trabalhar/ Eu corro pra trabalhar” implica na jornada de trabalho. Ele acorda e vai pro trabalho, ele chega em casa e dorme para recuperar as energias e ir trabalhar e ele “corre” até o trabalho, enfrenta trânsito até chegar ao local de trabalho.
Enfim, a música retrata os dias de hoje, onde as pessoas trabalham para sobreviver e trabalham demais, o que dá a entender que há o conceito de mais-valia – as horas trabalhadas de graça, e que esse trabalho não pago, vai para o bolso do patrão, acumulando capital- oculto na letra da musica.
Mostra a rotina do trabalhador que é acordar para trabalhar, dormir para trabalhar e correr para trabalhar, que é a estrutura temporal, onde a rotina se