Análise do filme Juno
Existem três aspectos relacionados com a gravidez na adolescência, o primeiro está ligado a uma liberdade e iniciativa da mulher em relação à sua sexualidade, o segundo a ausência da discussão franca e informada sobre sexualidade e o terceiro a substituição do mito do amor romântico pela expectativa clara do sexo prazeroso. A gravidez na adolescência indica dificuldades nas relações entre pais e filhas e nas condições contextuais para o desenvolvimento psicológico da filha. Engravidar na adolescência requer uma série de rearranjos na vida familiar, seja de espaço físico, tempo e finanças. Além de implicar em dificuldades na escola e no trabalho da jovem adolescente.
A compreensão da experiência consciente das jovens gestantes deve incluir três aspectos, o primeiro se refere ao ambiente em que estas jovens vivem, o segundo as relações familiares e outras relações interpessoais significativas (amigos, parentes próximos, professores) e o terceiro aos dilemas e impasses que estas jovens vivem no silêncio de seus pensamentos e sentimentos e nas suas decisões e ações.
As jovens vivem a ambiguidade conhecida como revolução sexual, na qual o sexo se desvincula de sua função reprodutiva e transforma-se em realização de prazer. No entanto se de um lado tem-se uma prontidão fisiológica de outro se convive com uma imaturidade psicológica. Essa ambiguidade de valores é vivenciada pela adolescente como o “querer” versus o “não poder”.
É no mundo circundante (campo da experiência possível) que estão os muito outros que contribuíram para o surgimento e desenvolvimento do self e que continuam influindo nos modos de compreensão e interpretação do self semiótico. O diálogo com o outro traz a discussão