Amor
O Gênero enterococcus inclui os enterococos anteriormente classificados como estreptococos do grupo D de lancifield.
Existem varias espécies, sendo mais importante E. faecalis e E. faecium que são responsáveis por 85-90% e 5-10% das infecções enterocócicas. São residentes normais do tratamento gastrointestinal e do biliar e, em menores números, da vagina e uretra masculina.
São cocos Gram-positivos que ocorrem aos pares ou curtas cadeias em meio líquido. Não formam esporos, geralmente são imóveis, entretanto, alguns podem apresentar flagelos. Não apresentam cápsula, são anaeróbios facultativos e catalase negativo.
Apresentam capacidade de crescimento entre 10 e 45°C, desenvolvem-se na presença de 6,5% de Nacl e em pH de 9,6. Hidrolisam e esculina em presença de 40% de bile e produzem pirrolidonil arilaminase (PYR). São muitos resistentes aos antibióticos. Produzem beta-lactamase e muitas amostras são resistentes a vancomicina, cefalosporinas e a outros fármacos.
Os enterococos são causas frequentes de infecções hospitalares. Constituem a segunda causa mais comum de infecções hospitalares do trato urinário e de feridas e a terceira causa mais comum de bacteriemia hospitalar. A transmissão ocorre de um paciente para outro através das mãos das pessoas no hospital, podendo também ocorrer por meio de materiais médicos. As infecções pelos enterococos incluem trato urinário, feridas, trato biliar e sangue. Podem causar meningite bacteriemia em recém-nascidos. Em adultos podem causar endocardite.
Na Odontologia, apresentam grande importância como principais agentes de lesões periapicais em dentes após tratamento endodôntico, pois são resistentes aos métodos químico-mecanicos realizados durante a