Amor é prosa
Amor é prosa, sexo é poesia
Crônicas afetivas
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RITA LEE FEZ uma música com a letra tirada de um artigo que escrevi, sobre amor e sexo. A música é linda, fiquei emocionado, não mereço tão subida honra, quem sou eu, quase enxuguei uma furtiva lágrima com minha gèlida manína por estar num disco, girando na vitrola sem parar com Rita, aquela hippie florida com consciência crítica, aquela hippie paródica, aquela mulher divinamente dividida, de noiva mutante ou de cartola e cabelo vermelho que, em 67, acabou com a caretice de Sampa e de suas lindas minas pálidas.
A música veio mesmo a calhar, pois ando com uma fome de arte, ando com saudades da beleza, ando com saudade de tudo, saudade de alguma delicadeza, paz, pois já não agüento mais ser apenas uma esponja absorvendo e comentando os bodes pretos que os políticos produzem no Brasil e o Bush lá fora. Ando meio desesperançado, mas essa canção de Rita trouxe de volta a minha mais antiga lembrança de amor. Isso mesmo: a canção me trouxe uma cena que, há mais de 50 anos, me volta sempre. Sempre achei que esse primeiro momento foi tão tênue, tão fugaz, que não merecia narração. Mas vou tentar. Eu devia ter uns seis anos, no máximo. Foi meu primeiro dia de aula no