Amor E Pensamento Produtivos P Gs
(págs. 89 a 98) – Luiz Henrique e Marcos Antônio
O homem sempre externou a necessidade de unir-se ao próximo, pois sua experiência enquanto ser se baseia nisso. Sempre procurou estar próximo e ser independente, ser original e singular, e o paradoxo característico dessa procura se dá por um problema moral intrinsecamente humano: a complexidade da compreensão humana do mundo, sob a lente do amor e da razão. Os significados de amor e razão devem ser bem estabelecidos e compreendidos, uma vez que são necessários à compreensão do mundo. A coexistência e dependência do amor e da razão são necessárias. Dada a vultosa quantidade de significados dada a palavra “amor”, e o seu considerável uso – em diferentes contextos -, deve-se haver uma associação direta ao significado de “razão”, uma vez que ambas são pré-requisito para a compreensão do objeto estudado, amado. Entretanto, “razão” e “amor” não são palavras de significados iguais, mas diferentes, e que equivalem a “pensamento” e “emoção”.
O amor é comumente acompanhado de ações, de “trabalho” em favor da pessoa amada. Amor é uma atividade, não uma paixão desmedida e sem fundamento. Outros elementos que representam muito bem esse sentimento são desvelo, responsabilidade, respeito e conhecimento. A essência do amor reside em “fazer algo em favor”, pois ama-se aquilo por que se trabalha, e trabalha-se pelo que se ama. Também é equivocada a dissociação de amor e responsabilidade. Ao amar-se alguém, deve-se ter ciência de que existirá – sempre - uma responsabilidade em manter este amor através de ações. Amar produtivamente não se coaduna com passividade nem com a atitude de mero observador face à vida da pessoa amada: implica esforço, cuidado e responsabilidade por seu desenvolvimento. O amor ao “homem” (aqui, ser humano) não deve ser separado do amor a um indivíduo, pois amar uma pessoa significa, grosso modo, relacionar-se com sua essência humana, com o que há de mais profundo nela.
Não há