Amor não correspondido
Resenha: Escravidão no Brasil
Jaime Pinsky
Jaime Pinsky, historiador e editor. Professor Titular da Unicamp. Doutor e livre docente pela USP. Foi também professor na UNESP (Assis) e na USP. Colaborou na criação das revistas Debate & Crítica, Contexto, Anais de História e Religião e Sociedade.
A obra “Escravidão no Brasil” relata tudo sobre o movimento em solo brasileiro, como uma explicação do que já foi dito e um entendimento no que se passa despercebido. Relatando os acontecimentos que antecedem a escravidão aqui, até a vida do escravo trazido da Europa.
A escravidão de pessoas não é exclusiva no Brasil, há muitos séculos antes de existir nosso país, a escravidão acontecia em lugares como Mesopotâmia e Egito, mas de uma forma bem diferente. Eles eram considerados escravos, pois prestavam serviços de forma gratuita, porém não eram vendidos e quando a construção acabava eles poderiam retornar para suas atividades normais. Acontecia também a escravidão na Grécia e Roma antigas, mas lá a prestação de serviço não acabava como no Egito, por exemplo. Porém, mesmo depois de todos esses séculos, a escravidão retorna ao início da história do Brasil. Existem fatores que antecedem essa forma de trabalho forçado, não se iniciou propriamente dito aqui, o sequestro de escravos de países africanos acontece desde antes da chegada ao Brasil. Esses sequestros eram promovidos para prestações de serviço em países europeus e, começa a compra e venda de escravos entre comerciantes do continente.
O início da escravidão no Brasil não é de negros trazidos da África, mas sim dos residentes locais, os índios. Ela já começa indiretamente com o escambo (troca de coisas banais por trabalho pesado), porém com o passar do tempo, os índios percebem a inutilidade dessas quinquilharias e se negam ao trabalho em troca daquilo, a partir daí começa a escravidão indígena literal. As condições de trabalho para eles eram terríveis, pois além