Amor do pai
“Argumentar torna-se “arte” porque implica a construção jeitosa de discurso que, consciente de seus limites, busca convencer pela fundamentação aberta, submetendo a teoria ao questionamento alheio sem artimanhas”. Pag. 40
“Toda nova teoria conclama outras que a possam superar, em nome de realidade que nunca vemos de todo”. Pag. 41
“Mostrar os limites da argumentação do outro é implicar reconhecer limites na própria argumentação, por pura coerência lógica”. Pag. 42
“Alógica, deduzindo uma coisa de outra sem fim, não pode chegar ao fim, porque, sendo circular, não tem fim. Mal entendida, pode pretender evidencias que são apenas as próprias, circunscritas ao círculo”. Pag. 43
“Pode usar ciência para tornar-se melhor aceito, mas seu compromisso básico é provocar convencimento, adesão, mais do que postura crítica”. Pag. 44
“A arte de argumentar leva em conta que o ser humano e a sociedade em que vive não funcionam apenes pela lógica”. Pag. 45
“A argumentação bem conduzida cerca o fenômeno, fundamenta como pode a hipótese, recolhe razões, mas o faz no sentido da abertura crítica”. Pag. 46
“Saber aprender é fazer-se oportunidade, não só fazer oportunidade”. Pag. 47
“A aprendizagem representa, por isso, algo naturalmente criativo e critico, porque não repete na situação B o que havia na situação A. Ao contrário, agrega qualidades que não eram presentes antes, de maneira tipicamente não linear”. Pag. 48
“A hipótese cognitivista, que trata a mente como cálculo lógico de estilo computacional, desconhece que, embora o nível simbólico seja fisicamente realizado, não pode ser reduzido ao nível físico”. Pag. 49
“A aprendizagem, embora dependa de substratos físicos estruturados, caracteriza-se pelo processo de continua inovação, maleável por natureza, flexível e dinâmico”.