Ambigüidades estruturais e construção de sentidos em piadas do gênero stand-up.
Depois da definição, a primeira questão sobre o turno conversacional desenvolvido por Galembeck é a questão da simetria e assimetria, ou seja, se os interlocutores contribuem igualmente para o desenvolvimento do tópico conversacional (assunto) e para a iniciação de novos tópicos, ou se um dos interlocutores desenvolve um papel diferenciado efetivamente desenvolvendo o tópico enquanto o outro apenas acompanha o que está sendo dito.
Quanto aos tipos de turnos Galembeck diz que o turno pode ser nuclear ou inserido.O turno nuclear ?possui um valor referencial nítido, ou seja, que veicula informações?. É o turno nuclear que efetivamente desenvolve o tópico conversacional. São turnos nucleares todos aqueles que trazem algo de novo a conversação.
Já o turno inserido ?não tem um caráter referencial, ou seja, não desenvolve o tópico?. Tem como função apenas demonstrar que o interlocutor que não está de posse do turno naquele momento ?acompanha, monitora e vigia? o que o outro interlocutor está dizendo.
Os turnos inseridos podem ter função interacional, demonstrando que o interlocutor está acompanhando e/ou concordando com a exposição que está sendo feita pelo outro interlocutor e que ?o canal de comunicação está aberto e que, assim, o falante pode continuar a sua fala?. São exemplos de turnos inseridos com função interacional as expressões uhn, uhn, né? Certo? etc. Algumas vezes o turno inserido também contribui para o desenvolvimento do tópico, mas isso acontece ?incidentalmente?, em geral, resumindo as palavras de seu interlocutor.
Outra questão abordada por Galembeck em seu ensaio é a troca dos falantes,