ambiente cooperativo
Para a superação de conflitos entre as crianças, para a adequação aos deveres e direitos da vida em comum e para de fato, transformar a sala de aula em um ambiente de solidariedade e respeito, há apenas um remédio: a cooperação. Não aquela cooperação enquanto ajuda, simplesmente, mas uma cooperação psicológica, como troca equilibrada, coordenação de vários pontos de vista.
Profa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta.
Cooperar: trabalhar em comum, colaborar, ajudar. São as explicações que nos trazem dicionários de nossa língua Trabalhar em comum implica não estar sozinho, individualizado. Talvez essa seja a maior dificuldade; por pressupor que para dar suas próprias respostas às intervenções do mundo e construir suas próprias inferências sobre este, a escola pensa ser benefício, para a criança, estar sempre sozinha.
Onde ficam, então, nessa concepção, as questões de que o conhecimento se dá na interação com o meio, se a este a criança não tem acesso permitido? Onde ficam os ideais da educação, se a construção de futuros cidadãos implica uma relação de respeito e cooperação?
Essas e muitas outras questões que poderiam aqui ser lembradas nos remetem a pensar na necessidade de se criar, na escola, um ambiente em que tais relações aconteçam de maneira a garantir que a autonomia moral e cognitiva de nossas crianças seja cada vez mais bem construída.
Se a sociedade é o conjunto de relações estabelecidas entre os membros do coletivo, na escola, essas relações também acontecem. E, se são relações de respeito mútuo, de cooperação, podemos dizer que essa“Mini-sociedade” é uma sociedade cooperativa.
É comum, entre professores, a apresentação de planos de cursos em que a cooperação seja um objetivo a ser atingido. Quantos de nós já não se acostumaram a copiar do ano anterior ou de livros didáticos e referenciais curriculares objetivos que impliquem formar pessoas cujas atitudes correspondam à cooperação. Idealistas, claro