amazonia em perigo
Foi em 2011 que o Ministério de Minas e Energia (MME) resolveu lançar a discussão do novo marco da mineração brasileira em que apontou burocracia e “fraqueza” do poder concedente como as principais dificuldades que atingem o setor. Entre os objetivos propostos para o novo marco legal estariam o fortalecimento do Estado para ter soberania sobre os recursos minerais, propiciar o maior aproveitamento das jazidas e atrair investimentos para o setor mineral. Tudo indica que os investidores já estão a postos.
A principal mudança no Código de Mineração será o mais absoluto domínio direto do governo sobre as riquezas minerais. Ele vai leiloar o direito de exploração que, atualmente, é conferido por ordem de chegada. Aquilo que já era ruim vai ficar pior.
As alterações previstas no setor mineral no Brasil, no entanto, não vão mudar em nada as licenças para pesquisa e exploração de novas jazidas já concedidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O filão minerário no Brasil localizado principalmente na Amazônia tem mais de 5 mil alvarás de pesquisa e 55 portarias de lavra que estão em processo de aprovação no DNPM.
Para o Ministério de Minas e Energia, tocado por Edison Lobão, sob a chefia do coronel José Sarney, a aprovação do Código da Mineração significa aumento de poder. Como na energia elétrica, o MME passa a ser o controlador direto dos leilões de concessões de exploração mineral. Essas concessões de exploração mineral, segundo o novo marco legal, passam a ser de 40 anos, prorrogáveis por mais 20.
Atualmente, grandes empresas internacionais estão “atacando” vorazmente as regiões