Amazônia em perigo
A internacionalização da Amazônia ganha destaque nas redes de televisão, nos jornais, sites, nas universidades e escolas norte-americanas. O interesse em "proteger" essa área, objetivando garantir o bem-estar da humanidade, conta com o apoio de algumas nações mais ricas, que se consideram superiores para desrespeitar os direitos de outros povos.
De certo modo, a Amazônia, há algum tempo, vem sendo internacionalizada de forma lenta e gradual. Vale dizer: embora o povo brasileiro tenha em sua floresta plantas e sementes as quais servem para a fabricação de cosméticos e outros produtos caríssimos da indústria farmacêutica, ele não pode fazer uso deles com fins lucrativos pelo fato de já terem sido patenteados pelas nações mais desenvolvidas tecnologicamente.
O Brasil poderia extrair, de modo a não destruir a região, várias riquezas desse solo. De acordo com recente pesquisa divulgada pela Veja, na Amazônia existe, além das plantas, cujo uso medicinal é potencialmente significativo, uma grande reserva de água doce. Há também petróleo e diversos recursos minerais.
Assim, alguns países mais ricos, percebendo o grande potencial dessa área, insistem na hipótese de torná-la patrimônio do mundo. Percebe-se, na verdade, um interesse econômico na floresta, pois, além de outras riquezas, a reserva de água doce, a maior do mundo, será suficiente para gerar, em um futuro próximo, muito lucro uma vez que, nos últimos anos, a escassez de água aumentou e a tendência é aumentar ainda mais.
Ademais, o pretexto para internacionalizar a região sustenta-se no fato de o governo brasileiro não proteger de forma devida um patrimônio de tamanha grandeza. Com efeito, a falta de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis está permitindo a atuação ilegal de madeireiros e produtores rurais. Soma-se a isso não haver suficientes incentivos na área tecnológica e científica, impossibilitando os pesquisadores descobrirem mais rapidamente o uso eficaz de certas