Alvares de Azevedo
Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.
Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos e irônicos e com idéias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.
Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz e trágico. Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.
Em 1851, a idéia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.
Sua temática voltada à morte pode ser considerada também como um refúgio, uma fuga da realidade conturbada que vivia e da relação com o mundo que o cercava, o qual lhe dava sensação de impotência.
O poeta desejou tanto a morte que morreu ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de 1852. Macário. Lira dos Vinte Anos,Noite na Taverna