ALVARES DE AZEVEDO
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 12 de setembro de 1831, em São Paulo. No entanto, foi no Rio de Janeiro que fez o curso primário. Voltou à capital paulista para cursar a faculdade de Direito em 1848. Neste período inicia sua produção poética e também os primeiros sintomas de sua tuberculose.
Por influência do conhecimento da doença que possuía, Álvares de Azevedo desenvolveu uma verdadeira obsessão pela temática da morte, evidente nas cartas à família e aos amigos.
Encontrou apoio na literatura do poeta inglês Lord Byron, conhecido por um modelo ultrajante de obstinação ética que feria os costumes da sociedade aristocrática. Este poeta ficou conhecido por suas aventuras morais e distúrbios comportamentais que o envolveu em escândalos amorosos, incluindo incesto. Sua poesia, além de traços autobiográficos, revela pessimismo, angústia e desejo pela morte, encarada como fuga perante seus sentimentos.
É interessante observar a vida de Lord Byron em paralelo com a de Álvares de Azevedo, pois constatamos que esse herdou por livre iniciativa os traços ultrarromânticos do “mal do século” daquele.
Além de um sentimento melancólico e do desencanto pela vida, Álvares de Azevedo também incorpora o sarcasmo, a ironia e a autodestruição de Musset.
Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.
Em 1848 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi estudante aplicadíssimo e de cuja intensa vida literária participou ativamente, fundando, inclusive, a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano.
O amor é sempre idealizado, povoado por virgens misteriosas,