Alumínio x aço
O emprego do alumínio na fabricação de trens permite significativa redução do peso dos vagões e, consequentemente, o aumento da capacidade de passageiros, bagagens, cargas e, claro, velocidade. O metal possibilita ainda custos menores com combustível e, por tabela, ajuda a diminuir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Na Europa e na Ásia, modernos metrôs e trens de alta velocidade têm suas carrocerias fabricadas com perfis extrudados e chapas de alumínio. No Brasil, o consumo de alumínio sobre os trilhos limita-se a cerca de 500 quilos do metal por vagão do metrô.
Para José Sakae Nagatsuyu, gerente técnico da área de Extrudados da Alcoa, o emprego do alumínio na fabricação de trens em nosso país é uma questão de tempo: "Ele já está entrando de forma real no transporte ferroviário, que ficou estagnado por décadas".
A canadense Bombardier, em associação com as construtoras Queiroz Galvão e OAS, venceu a licitação para construção do monotrilho que será instalado na linha Expresso Tiradentes, zona leste da capital paulista. O valor total do contrato é de R$ 2,46 bilhões e contempla a construção de 54 trens de sete carros (num total de 378), fabricados em alumínio, que circularão no monotrilho de 24 km entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes.
A fabricação do monotrilho seguirá o mesmo conceito dos trens de alta velocidade, em que o carro de passageiros será construído com perfis de alumínio multitubulares.
A Alcoa já é fornecedora do alumínio para a reforma de 26 trens da Linha Azul do metrô de São Paulo, totalizando mais de 150 vagões de passageiros, que está sob os cuidados do consórcio Bombardier, Tejofran e Temoinsa e sendo realizada na