Alterações melanocíticas na gravidez
Ana Maria Fassina
Ano V • Número 19 • julho/agosto/setembro 2008
Introdução
Tumor maligno é raro na gestação.
Foi observada ocorrência de 1 em cada 1000 nascimentos, sendo que 8% deles são melanomas. Melanoma maligno (MM) é o tumor materno mais comum a dar metástase para a placenta e o feto1. Durante o período de
1918 a 2002, foram reportados na literatura inglesa 28 casos de metástase de MM para placenta e feto2, destes, 6 tiveram metástases para feto.2
Manejo
O manejo da doença avançada durante a gravidez é mais complexo e requer coordenação multidisciplinar, bem como extensa discussão com o paciente e sua família3.
A introdução da microscopia de superfície (dermatoscopia ou dermoscopia), como ferramenta adicional para prática clínica, tem aprimorado a acurácia diagnóstica do melanoma malígno.4
A dermatoscopia é um recurso auxiliar não invasivo, que através de magnificação óptica permite análise das lesões pigmentares in vivo, possibitando a avaliação:
1) da atividade de produção e da distribuição da melanina;
2) da presença de estruturas que permitam a caracterização da lesão como de origem melanocítica – rede pigmentar, estrias e glóbulos, ou não, e verificar a existência de estruturas de risco para o diagnóstico do melanoma.5 O método é uma interface na correlação entre a dermatologia clínica macroscópica e a histopatologia.
Os parâmetros observados por meio da dermatoscopia podem fornecer importantes subsídios morfológicos permitindo o diagnóstico ou suspeição do melanoma em pacientes com numerosas lesões melanocíticas.6;7 Como resultado, a aplicação deste método tem se tornado mais popular, não somente entre dermatologistas, mas também entre oncologistas, cirurgiões, pediatras, e mesmo clínicos gerais.8
Alterações melanocíticas na gestação
Ana Maria Fassina
A hiperpigmentação é um dos achados mais comuns no largo espectro de alterações na pele durante a gestação.
Na gravidez, o