Alteraçoes anatomicas em caes com sindrome braquiocefalica
Teichmann, Cristiane[1]; Pereira, Malcon Andrei Martinez[2]; Reimann, Patrícia3
Palavras-chave: Síndrome Braquiocefálica, Cães, Alterações Anatômicas.
Introdução A chamada síndrome braquiocefálica constitui-se em múltiplas anormalidades anatômicas comumente encontradas em cães braquicefálicos, como os Bulldogs Ingleses e Franceses, Shih Tzu, Pugs, Boxers, Pequineses (Nelson & Couto, 2001; Vadillo, 2007). Estas anormalidades incluem narinas estenóticas (48% das raças braquicefálicas) (Fossum & Duprev, 2005), palato mole alongado (80%), sáculos laríngeos evertidos (48%), colapso laríngeo e em algumas raças, traquéia hipoplásica (Nelson & Couto, 2001; Vadillo, 2007). Essas irregularidades impedem o fluxo de ar através das vias aéreas superiores, causando uma sintomatologia clínica característica, ou seja, respiração ruidosa, estritor, cianose e, em casos mais graves, síncope. (Monnet, 1993; Lang et al., 2003). Os cães se tornaram braquiocefálicos em conseqüência da criação seletiva intensiva, com isso o tamanho do nariz tem sido reduzido de tal forma que prejudicou gravemente o seu funcionamento. Para o cão, a redução drástica da respiração nasal significa a perda do seu principal órgão termorregulador, impedindo-o de libertar o calor corporal em quantidade suficiente, levando a um aumento da temperatura corporal interna, passível de produzir colapso e morte (Oechtering, 2010). O objetivo deste trabalho é reunir informações sobre as principais modificações anatômicas encontradas em cães com síndrome braquiocefálica, através da revisão de literatura.
Revisão Bibliográfica A síndrome braquiocefálica, também denominada síndrome das vias aéreas braquiocefálicas e síndrome de obstrução das vias aéreas braquiocefálicas, se caracteriza por apresentar uma ou mais anormalidades anatômicas congênitas das vias aéreas superiores. Os defeitos primários incluem estenose dos orifícios