Alimentação é o tratamento
Alimentos feitos de trigo, como os citados acima, e alguns outros grãos contêm uma proteína chamadaglúten. E se você sofre de doença celíaca ou intolerância ao glúten e o mal ainda não foi detectado, toda vez que comer algo que tenha a referida proteína entre os ingredientes será vítima de uma reação que danificará o forro do intestino delgado.
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Os nutrientes não serão absorvidos apropriadamente, e isso desencadeará reações físicas.
A intolerância ao gluten vem desafiando o conhecimento científico há muito tempo devido à sua apresentação clínica variada, que abrange desde sintomas leves e pouco específicos - como uma criança que não ganha peso - até uma síndrome clássica de má absorção intestinal em pacientes desnutridos. "Como se não bastasse tamanha variedade clínica, há ainda os casos completamente assintomáticos, que causam enorme polêmica", afirma a nutróloga Amanda Epifanio Pereira, de São Paulo.
Quando ingerido, o glúten, ao chegar ao intestino, estimula a produção de anticorpos, principalmente as imunoglobulinas do tipo IgA. Eles atuam sobre as vilosidades do intestino, que se atrofiam e deixam de desempenhar a função de captação dos macro e micronutrientes. "Como resultado, os nutrientes não absorvidos são eliminados com as fezes, e o organismo fica privado de nutrientes básicos, tornando-se desnutrido com o passar do tempo", diz a médica.
A doença celíaca geralmente manifesta-se na infância, nos primeiros três anos de vida, quando há a introdução de cereais na dieta, embora também possa surgir na idade adulta. "Hoje, o que é possível afirmar é que alguns fatores predispõem uma pessoa a tornar-se celíaca. O primeiro deles é a herança genética. A incidência em parentes de primeiro grau é de 30%,