alimentacao
( resumo)
Prof. Dr. Carlos Roberto Antunes dos Santos
UFPR
Ao longo do texto buscar-se-á reter e destacar as diversas conceituações da cozinha fusão, suas permanências e mudanças, a simbiose das técnicas da cozinha ocidental/convencional com novos ingredientes, na busca de novos sabores criativos e considerados exóticos. No âmbito das novas tendências culinárias é fundamental destacar as críticas positivas e negativas à cozinha fusão, os seus adeptos e aqueles que não se sentem confortáveis em defendê-la.
Nesta virada de século, em nome da saúde e da estética vivemos diante da “ditadura da dietética” ou do universo do “não comer”, onde a cozinha convencional é considerada, por alguns, como inadaptada a tais exigências. Daí se realça o multiculturalismo da cozinha fusão, caracterizada pelo design e pela “assemblage”. Estes novos paradigmas da hibridação impõem uma certa lógica empírica da cozinha terapêutica somada à lógica analítica de uma nutrição científica (fortemente amparada pela mídia), que recomenda certos tipos e proporções de alimentos. Desta forma, o fazer e o inventar cotidiano da cozinha fusão tem levado a certos exageros, com misturas exóticas, de gostos duvidosos. Na verdade, tudo isso coloca e recoloca ameaças sobre as identidades culinárias locais e regionais, enfim sobre a cozinha considerada doméstica, familiar.
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A ALIMENTAÇÃO MODERNA: FUSÃO OU CONFUSÃO
Prof. Dr. Carlos Roberto Antunes dos Santos
UFPR
As cozinhas estão em permanentes transformações. As culturas alimentares sejam qual for o tempo e espaço geográfico, estão postas a situações de confrontos que podem levar a certas rupturas, diante da implementação de novas técnicas, de novas formas de consumo, da introdução de novos produtos e do encontro e fusão dos mesmos, a partir da inovação e criatividade. Estas novas transformações da cozinha acabam sendo absorvidas ou “digeridas” pela